PROCESSO DE ENVASE: COMO OBTER O MELHOR DESEMPENHO OPERACIONAL
Obter bom desempenho operacional é, em geral, o objetivo de todas as empresas. Quando se trata do processo de envase de produtos, pode haver a necessidade de fazer alterações para obter os resultados almejados pela companhia.
É possível, entretanto, atuar nesse procedimento para torná-lo mais eficiente. Para isso, é fundamental manter-se atento à linha de produção e intervir para corrigir eventuais falhas de forma a garantir a produtividade. Ter conhecimento do processo é, então, crucial.
A etapa de envase é fundamental na indústria de alimentos e bebidas — por isso, seu controle de segurança deve ser extremamente alto. Quer saber mais sobre como obter o melhor desempenho operacional no processo de envase? Neste post, tratamos desse assunto. Acompanhe!
Como funciona o processo de envase?
Diferentes produtos podem passar por processos distintos para receber uma embalagem. Então, escolher se uma mercadoria vai ser envasada ou embalada depende diretamente do artigo em questão. E essa etapa é muito importante para a qualidade final de produtos alimentícios.
No ramo de convertedores, usa-se o termo “envasar” quando o produto a ser manuseado não tem formato predefinido: assim, ele precisa de uma embalagem que o envase. Quando se fala em “embalar”, por outro lado, passa-se a sensação de que se tem um produto formatado que está apenas à espera de uma embalagem.
Além disso, é comum falar em envase quando o processo envolvido utiliza materiais rígidos. É o caso, por exemplo, de latas de refrigerante, vidros de conserva e similares. O embalamento desse tipo de mercadoria é feito depois.
Quais são os tipos de envase?
Existem diferentes tipos de envase, e são bastante específicos para cada tipo de produto. Algumas mercadorias ainda são envasadas em embalagens flexíveis e, posteriormente, em embalagens rígidas. É o caso, por exemplo, de gelatinas, pós de café vendidos em caixas, cereais, biscoitos e outros.
Quando se trata de embalagens flexíveis, o mais comum é que o envase seja feito em máquinas com queda vertical (o produto fica em um compartimento acima da linha de produção e é liberado, a intervalos regulares, para encher a embalagem) ou por fluxo horizontal (a mercadoria vem pela linha de produção e entra diretamente na embalagem em quantidade predeterminada).
Durante o processo de envase, alguns fatores podem atrapalhar a produção e a produtividade. Veja alguns deles:
- coeficiente de atrito inadequado (alto/baixo) dos filmes com as peças deslizadoras da máquina (chapas, rolos, funis, tubo formador e outros). Isso pode ocorrer tanto no lado interno quanto no externo;
- solda aberta ou queimada nos sacos que estão sendo formatados (isso pode ocorrer em razão de diferença de espessura dos selantes, por exemplo);
- falha na fotocélula ou na arte que implica corte errado dos saquinhos e, assim, perda de produto caído no chão;
- microfuros na solda ocasionados por interferência do produto (é mais comum em produtos finos, como farinha, açúcar, misturas para bolo e outros).
Como calcular e aumentar a eficácia da produção?
Calcular e aumentar a eficácia da produção tem, em geral, relação direta com o aumento da produtividade. Essa medida ajuda a estabelecer a relação entre a produção e os recursos utilizados para que ela funcione. Com isso, é possível diminuir perdas, aumentar a velocidade de produção e melhorar o uso da capacidade de máquina.
A maneira mais comum de fazer esse cálculo é relacionar os valores de produtividade, perdas e performance. Esses três fatores são essenciais para examinar o processo de envase e, a partir dos dados obtidos, estabelecer se ele é eficaz.
Para que tudo funcione bem, é preciso que esses elementos atuem em perfeita sintonia. E aqui entra mais um aspecto que, embora afete todo o ecossistema, poucas vezes é notado durante o processo de produção: a estabilidade dos lotes.
Isso acontece porque, como a etapa de conversão é contínua e as velocidades são altas, é comum que haja variação nas condições das bobinas. Assim, há variações na gramatura do filme laminado, no coeficiente de atrito (CoF), nas condições de selagem e nas forças de laminação entre as camadas. Os resultados são a perda de desempenho e a necessidade de fazer ajustes durante a operação.